domingo, 26 de setembro de 2010

OSTEOARTROPATIA HIPERTÓFICA PULMONAR em cão - Relato de Caso

A osteoartropatia pulmonar hipertrófica é uma síndrome paraneoplásica que afeta principalmente animais de raças grandes e geriátricos pela sua própria característica e evolução. Apesar de sua relação com fatores não neoplásicos, como abscessos e outros processos inflamatórios intratorácicos, ela está mais frequentemente associada à neoplasia pulmonar primária ou metastática (BRODEY, 1974). O tratamento é feito de maneira indireta a cura da lesão subjacente pode proporcionar a regressão das manifestações clínicas esqueléticas de maneira gradual (ETTINGER; FELDMAN, 1997) ou rapidamente (KEALY; MCALLISTER, 2005). O diagnóstico pode ser realizado em função das manifestações clínicas apresentadas pelo paciente, exames laboratoriais como bioquímica sérica e hemograma. Exames diagnósticos por imagem são necessários para a visualização das lesões ósseas típicas e de uma possível metástase pulmonar. O estudo histopatológico de tecidos suspeitos é útil para a determinação da lesão subjacente envolvida.
Relata-se caso atendido pelo Dr. Antônio Abude e referido ao nosso serviço para consultoria clínica, de um cão fêmea, srd de 10 anos de idade, pesando 5,3 kg, que apresentava dispnéia, prostração, posição ortopnêica com respiração superficial e aumento de volume dos membros. Foram realizados exames laboratoriais e de imagem que indicavam osteoartropatia pulmonar hipertrófica associado à neoplasia intratorácica. O animal veio a óbito 3 dias depois da instituição do diagnóstico presuntivo. Foi realizado exame de necropsia que confirmou a suspeita inicial de neoplasia intratorácica e os estudos histopatológicos identificaram as neoplasias envolvidas.















O diagnóstico de osteoartropatia pulmonar hipertrófica foi instituído baseando-se nos exames clínicos e radiográficos dos membros, da cavidade torácica e dos exames histológicos das formações encontradas.


sábado, 25 de setembro de 2010

FIXADOR HÍBRIDO EM CÃO CONDRODISTRÓFICO - Fratura de Úmero

O uso dos fixadores externos híbridos está indicado no tratamento das fraturas complexas distais, proximais e/ou peri-articulares de ossos longos. Por sua vez, fraturas distais de úmero necessitam atenção especial pela complexidade da articulação distal e pela impossibilidade da utilização de anéis completos nesta região.


Fixação híbrida consiste da utilização de diversos tipos de implantes para resolução de uma fratura, tais como pinos intramedulares fixação linear e aneis semi-circulares. Como características biomecânicas, este tipo de fixação utiliza pinos de Schanz de fácil aplicação, provocando mínima lesão das partes moles e proporcionando adequada fixação à diáfise. O semi-anel permite utilização tanto de fios tensionados quanto de pinos de schans na disposição perpendicular ao eixo axial do osso. Confere redução adequada dos fragmentos e a mobilidade articular adjacente.
Relata-se caso de fratura em cão, srd, 12 anos que foi vítima de trauma por atropelamento. Foi referido ao nosso serviço pela alta complexidade, localização e cominução da fratura. Utilizou-se um fixação esquelética externa híbrida em associação de fixador linear posicionado no fragmento proximal e semi-anel associado a pinos de schans.

Essa montagem é de fácil aplicação, versátil e promove estabilidade suficiente para o apoio precoce do membro.

Conclui-se que este método de fixação é viável pois permite estabilidade adequada, diminui o trauma adicional ao paciente e permite a consolidação além de reduzir o tempo de cirurgia.


Assistam o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=S83L7BbLdn4

domingo, 5 de setembro de 2010

Fixador Circular Pastor Alemão

Fixadores Circulares são uma alternativa viável pois conferem grande estabilidade e permitem apoio precoce com dano mínimo ao tecido ósseo. Caso de Pastor de 35 Kg com fratura distal de rádio e ulna.


Caso referido por colega: notar desvio do eixo anatômico deslocamento cranial do fragmento distal.


Configuração e Rx (projeção crânio caudal) do fixador externo circular no pós-operatório imediato
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Paciente no primeiro retorno. Notar apoio adequado
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Rx controle: 60 dias. Notar consolidação adequada.


Retorno em 60 dias. Notar apoio adequado.

Fixador Circular Labrador

Fratura cominutiva de tíbia em Labrador. Colocação de Fixador Circular em abordagem fechada, permite apoio precoce com o mínimo dano adicional oa tecido ósseo.


Caso referido por colega: Fratura diafisária de tíbia em Labrador.


Configuração final do fixador externo circular.


Paciente no primeiro retorno. Notar apoio adequado.


Rx controle: 60 dias. Notar consolidação adequada.

Video - Paciente no primeiro retorno. Notar apoio adequado.